Eu não quero rosas

Dando uma pausa com as resenhas, hoje vim falar de papo sério: O dia internacional da mulher. Originalmente, eu iria postar esse texto no Facebook, mas achei que no blog ia ficar bem mais organizado. ‘Bora pro texto. Espero que vocês gostem!

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No dia 8 de março de 1857 operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque fizeram uma grande greve. Seus motivos de luta? Elas queriam reduzir as horas de trabalho (de dezesseis para dez), queriam igualdade de salários (elas recebiam um terço do salário do homem, e realizavam o mesmo tipo de trabalho), e melhores condições de trabalho. A greve foi duramente rechaçada. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Cento e trinta tecelãs morreram carbonizadas. E esse, meus amigos, foi um dos motivos que gerou esse dia.

Em todo 8 de março eu recebo parabéns pelo “meu dia”. Eu recebo rosas. Recebo textos celebrando as mulheres por serem mães e guerreiras – tudo isso sem deixar de ser delicada e sensível, sem descer do salto alto. Eu recebo chocolates e promoções de panelas.

Mas, eu não quero rosas.

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